Neste post, daremos um pouco mais de destaque aos agentes de degradação ambiental presentes na bacia hidrográfica do Cubatão do Sul. Vale lembrar que o objetivo do blog é a conscientização da população sobre a importância da conservação dos recursos naturais e da biodiversidade na bacia.
Em Santa Catarina, apesar da existência de uma rígida legislação ambiental, que prevê a proteção das florestas e a conseqüente preservação dos mananciais, a realidade é bastante diferente do ideal que poderia ser conseguido pela aplicação rigorosa da lei. Em todo o Estado, a supressão da mata ciliar é uma das maiores ameaças à qualidade dos recursos hídricos, uma vez que favorece o assoreamento dos rios, as enchentes e a contaminação por esgotos e efluentes industriais. Sem dúvida, a retirada das matas ciliares e a ocupação indevida das margens dos rios são os maiores causadores da poluição.
Grande parte da bacia hidrográfica do Rio Cubatão sofre com os impactos oriundos de desmatamentos, obras à beira-rio, fragmentação de propriedades, loteamentos, urbanização, poluição por esgotos e lixo, extrativismo mineral, pecuária e agricultura familiares, entre outros. A quase totalidade das agressões ambientais constatadas ao longo do curso d'água principal são originadas a partir da degradação da cobertura vegetal nativa, em especial das matas ciliares. O desmatamento, com conseqüente exposição do solo, é um dos principais problemas de uso dos recursos naturais na região dos mananciais:
"O solo descoberto sofre o efeito erosivo das fortes chuvas, freqüentes na região, o que inicia o processo de carreamento de partículas de solo e restos vegetais para os cursos d'água. O material depositado nas calhas e fundos dos cursos d'água provoca o assoreamento e a diminuição da capacidade de vazão dos rios, aumentando o risco de inundações. As partículas de solo em suspensão, principalmente a argila, elevam a turbidez da água e, junto com resíduos vegetais, como folhas e galhos, "entopem" os sistemas de pré-tratamento e tratamento das Estações de Tratamento de Água, gerando sérios problemas operacionais no sistema de abastecimento e aumentando significativamente o custo de tratamento da água" (SOS NASCENTES, 1999).
Outro problema gerado pelo desmatamento é a perda da camada superficial do solo, com conseqüente diminuição da fertilidade, o que afeta negativamente as atividades agrícolas, importantes para a região. Pode ocorrer ainda o carreamento de fertilizantes e outros defensivos agrícolas, contaminando o lençol freático e os cursos d'água.
O Rio Cubatão e seus contribuintes ainda apresentam água de boa qualidade durante grande parte do trajeto, resultado da cobertura florestal remanescente, notadamente nos trechos mais íngremes, onde o acesso é dificultado pela topografia. No entanto, problemas com a qualidade da água estão ocorrendo com maior freqüência, indicando a crescente degradação do afluente principal e seus tributários, relacionados principalmente com o desmatamento desordenado para os mais diversos fins, mineração, despejos de esgoto sanitário e descarte de resíduos sólidos, expansão da fronteira agrícola e urbanização.
Fonte: Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
Na postagem anterior, mencionamos o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Agora, falaremos um pouco mais sobre a maior unidade de conservação de proteção integral do estado de Santa Catarina.
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro foi criado em 1975, com base nos estudos dos botânicos Pe. Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein, com o objetivo de proteger a rica biodiversidade da região e os mananciais hídricos que abastecem as cidades da Grande Florianópolis e do Sul do Estado.
A unidade de conservação ocupa cerca de 1% do território catarinense. Abrange áreas dos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Fazem parte do Parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.
O nome da unidade de conservação é emprestado de uma das serras da área do Parque, que possui um cume de formato tabular, bastante visível da região de Florianópolis: a Serra do Tabuleiro.
Localizado em uma região estratégica, única e muito especial da Mata Atlântica, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro possui uma ampla diversidade de habitats. Cinco das seis grandes formações vegetais do bioma Mata Atlântica encontradas no Estado estão representados no Parque. Por essa razão, ele abriga uma biodiversidade ainda maior que seus 84.130 hectares poderiam sugerir.
No litoral, sob forte influência marítima, são encontradas as formações de restinga e manguezal. A floresta ombrófila densa, riquíssima em plantas epífitas, cobre as serras e ocupa a maior parte da área do Parque. Nas encostas superiores da serra, envolta em neblina formada pela condensação da umidade que chega do mar, aparece a matinha nebular. Nas partes mais altas do Parque se faz presente a floresta ombrófila mista (floresta com araucárias) e os campos de altitudes. Cada ecossistema tem sua fauna e flora características, assim como suas espécies dominantes. As ilhas costeiras que fazem parte da unidade também apresentam suas singularidades.
Essencial para a proteção desses ecossistema e toda sua biodiversidade, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro também é de extrema importância por outros motivos. Protegidas pela exuberante vegetação da unidade estão as nascentes de rios como o da Vargem do Braço, Cubatão e D’Una. Esses rios fornecem água para grande parte dos domicílios da Grande Florianópolis e do litoral sul do Estado. O Parque atua ainda, devido a suas características de solo, relevo e vegetação, como um importante regulador climático para essas regiões.
Dentro da área do Parque no município de Palhoça, está a Baixada do Maciambu. Essa planície, que comporta uma das mais expressivas paisagens de restinga do litoral brasileiro, é formada por cordões arenosos na forma de semicículos, resultantes das oscilações do nível do mar durante milhares de anos. A região é considerada, por isso, um importante monumento geológico.
Por suas características, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é um campo de pesquisas incomparável. Localizado próximo a grandes centros urbanos, possui um enorme potencial de lazer, associando o turismo ecológico à educação ambiental.
O Parque tem sua sede em Palhoça, na Baixada do Maciambu. A sua sede conta com um centro de visitantes e trilhas educativas, onde o público pode ter contato com espécies nativas. O Parque possui anda dois centros temáticos na sede dos municípios de Imarui e de São Bonifácio.
Fontes: FATMA e Centro de Visitantes do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro foi criado em 1975, com base nos estudos dos botânicos Pe. Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein, com o objetivo de proteger a rica biodiversidade da região e os mananciais hídricos que abastecem as cidades da Grande Florianópolis e do Sul do Estado.
A unidade de conservação ocupa cerca de 1% do território catarinense. Abrange áreas dos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Fazem parte do Parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.
O nome da unidade de conservação é emprestado de uma das serras da área do Parque, que possui um cume de formato tabular, bastante visível da região de Florianópolis: a Serra do Tabuleiro.
Localizado em uma região estratégica, única e muito especial da Mata Atlântica, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro possui uma ampla diversidade de habitats. Cinco das seis grandes formações vegetais do bioma Mata Atlântica encontradas no Estado estão representados no Parque. Por essa razão, ele abriga uma biodiversidade ainda maior que seus 84.130 hectares poderiam sugerir.
No litoral, sob forte influência marítima, são encontradas as formações de restinga e manguezal. A floresta ombrófila densa, riquíssima em plantas epífitas, cobre as serras e ocupa a maior parte da área do Parque. Nas encostas superiores da serra, envolta em neblina formada pela condensação da umidade que chega do mar, aparece a matinha nebular. Nas partes mais altas do Parque se faz presente a floresta ombrófila mista (floresta com araucárias) e os campos de altitudes. Cada ecossistema tem sua fauna e flora características, assim como suas espécies dominantes. As ilhas costeiras que fazem parte da unidade também apresentam suas singularidades.
Essencial para a proteção desses ecossistema e toda sua biodiversidade, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro também é de extrema importância por outros motivos. Protegidas pela exuberante vegetação da unidade estão as nascentes de rios como o da Vargem do Braço, Cubatão e D’Una. Esses rios fornecem água para grande parte dos domicílios da Grande Florianópolis e do litoral sul do Estado. O Parque atua ainda, devido a suas características de solo, relevo e vegetação, como um importante regulador climático para essas regiões.
Dentro da área do Parque no município de Palhoça, está a Baixada do Maciambu. Essa planície, que comporta uma das mais expressivas paisagens de restinga do litoral brasileiro, é formada por cordões arenosos na forma de semicículos, resultantes das oscilações do nível do mar durante milhares de anos. A região é considerada, por isso, um importante monumento geológico.
Por suas características, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é um campo de pesquisas incomparável. Localizado próximo a grandes centros urbanos, possui um enorme potencial de lazer, associando o turismo ecológico à educação ambiental.
O Parque tem sua sede em Palhoça, na Baixada do Maciambu. A sua sede conta com um centro de visitantes e trilhas educativas, onde o público pode ter contato com espécies nativas. O Parque possui anda dois centros temáticos na sede dos municípios de Imarui e de São Bonifácio.
Fontes: FATMA e Centro de Visitantes do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Conheça o Rio Cubatão do Sul
O Rio Cubatão do Sul é um rio brasileiro localizado no estado de Santa Catarina. Sua nascente fica nas encostas das serras da Boa Vista e da Garganta (Águas Mornas). O rio Cubatão começa no encontro entre os rios do Salto e Novo. Desemboca na Baía Sul, em Palhoça, depois de percorrer 65 Km.
A bacia banhada pelo rio tem área da 738 quilômetros quadrados, sendo que 342 quilômetros quadrados estão dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, unidade de conservação ambiental. A área da nascente, localizada a 700 metros de altitude, caracteriza-se pelas rochas sedimentares pouco resistentes, enquanto na maior parte do seu curso existem rochas cristalinas mais antigas e bastante erodidas.
Desse rio vem a água que abastece a maior parte dos municípios de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu.
No trecho em que passa na cidade de Santo Amaro da Imperatriz há corredeiras utilizadas para a prática do rafting. Os turistas percorrem três quilômetros e meio desde o Poço Azul do Salto até o início de Santo Amaro, durante uma hora e meia. As principais corredeiras são: Carrossel, Babilônia, Via Americana, Calcanhar da Imperatriz, Saco Grande, Corredeira do Saco, Corredeira do S, Surf do Caldeirão e a Corredeira Hide-Side.
Seus principais afluentes são os rios dos Bugres, Forquilhinha e Matias, na margem esquerda, e os rios das Antas, Ribeirão Vermelho, das Águas Claras e Vargem do Braço ou Pilões, na margem direita.
As condições naturais da bacia do rio Cubatão, ao longo dos anos, foram em muito modificadas pela ação do homem, incrementando o ritmo da erosão, ocasionando o assoreamento de baixadas e mesmo da própria baía Sul, como se observa nas imagens de satélite através da mancha de sedimentos em suspensão que adentra pela baía. Entre os principais problemas enfrentados pelo Rio Cubatão do Sul, figuram: o extrativismo vegetal e desmatamentos para a ampliação da área agrícola, fabricação de carvão e comércio de madeiras; o uso desordenado de agrotóxicos; o lançamento de esgotos de origem humana e animal e de lixo doméstico e hospitalar; e a extração desordenada de areia para construção civil.
Fonte: Wikipédia
A bacia banhada pelo rio tem área da 738 quilômetros quadrados, sendo que 342 quilômetros quadrados estão dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, unidade de conservação ambiental. A área da nascente, localizada a 700 metros de altitude, caracteriza-se pelas rochas sedimentares pouco resistentes, enquanto na maior parte do seu curso existem rochas cristalinas mais antigas e bastante erodidas.
Desse rio vem a água que abastece a maior parte dos municípios de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu.
No trecho em que passa na cidade de Santo Amaro da Imperatriz há corredeiras utilizadas para a prática do rafting. Os turistas percorrem três quilômetros e meio desde o Poço Azul do Salto até o início de Santo Amaro, durante uma hora e meia. As principais corredeiras são: Carrossel, Babilônia, Via Americana, Calcanhar da Imperatriz, Saco Grande, Corredeira do Saco, Corredeira do S, Surf do Caldeirão e a Corredeira Hide-Side.
Seus principais afluentes são os rios dos Bugres, Forquilhinha e Matias, na margem esquerda, e os rios das Antas, Ribeirão Vermelho, das Águas Claras e Vargem do Braço ou Pilões, na margem direita.
As condições naturais da bacia do rio Cubatão, ao longo dos anos, foram em muito modificadas pela ação do homem, incrementando o ritmo da erosão, ocasionando o assoreamento de baixadas e mesmo da própria baía Sul, como se observa nas imagens de satélite através da mancha de sedimentos em suspensão que adentra pela baía. Entre os principais problemas enfrentados pelo Rio Cubatão do Sul, figuram: o extrativismo vegetal e desmatamentos para a ampliação da área agrícola, fabricação de carvão e comércio de madeiras; o uso desordenado de agrotóxicos; o lançamento de esgotos de origem humana e animal e de lixo doméstico e hospitalar; e a extração desordenada de areia para construção civil.
Fonte: Wikipédia
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